segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A Igreja - Internautas Cristãos

A Igreja de Cristo é o grupo daqueles que Deus acolheu por sua graça através do seu filho Jesus Cristo, em quem todos os mistérios e promessas do Antigo Testamento são cumpridos (2Co 1:20). Um só povo, em diversas dispensações[1], povo de Deus em todos os tempos, frutos de um relacionamento especial estabelecido por Deus com Adão (em seu descendente com Eva) e especialmente confirmado, por Ele a Abraão (Gl 3:15 a 27) no provimento de um povo, e com Moises, no registro desse pacto (Ex 20)[2].


 A Verdadeira Igreja, o corpo místico de Jesus, a comunidade dos salvos, é católica (universal), invisível, atemporal, completa[3] e perfeita[4] (Ef 1: 10, 22-23; Cl 1: 18). É parte do Reino do Senhor Jesus já, agora aqui na Terra – embora ainda não em sua plenitude[5] – e nos Céus (agora) espiritualmente. É a casa e a família de Deus, fora da qual não há possibilidade de salvação. 


 Nela, todos os eleitos pela Graça, aqueles que pelo mundo inteiro professam (professaram e professarão) verdadeiramente Cristo como único Senhor e Salvador, estão conectados uns aos outros (e a ele – óbvio) e por ele são mantidos conectados. Essa Igreja não é o vínculo, nem instrumento do vínculo, mas é nela que esse vínculo fica evidente e é fortalecido (Ef 4;1 a 16). 


 Jesus ensina que seu rebanho é conhecido por um critério simples. Todo aquele que ouve a sua voz e o segue (Jo 10;27), é dessa comunidade do pacto, é parte desse rebanho (Igreja). Ou seja, é filhos de Deus, todo o que – pela misericórdia de Deus – simplesmente consegue entender que as palavras de Cristo (hoje preservadas no N.T.) são palavras de Deus e por tanto as obedece – quem não as obedece, na verdade, não as entendeu como palavras divinas, não sendo do povo santo. 



 Cristo reservou à (chamada) Igreja Visível o ministério, o conhecimento e as ordenanças de Deus, para que, em comunhão, haja o aperfeiçoamento dos santos (que são realmente a verdadeira Igreja de Cristo – chamada, também – Igreja Invisível) aqui e agora – e assim será por toda essa era (Ef 4:11 a 13)! Pela presença espiritual de Jesus e pela atuação direta de seu Espírito (Espírito Santo), essa Igreja é eficazmente capacita para isso, e ela é (presente) competente (eficiente) no cumprimento dessa atribuição exclusiva (Mt 28:18 a 20) na medida que, em suas faces locais, ela está mais próxima ou é mais fiel – mais obediente – às palavras de Cristo ditas nessa presença (de Cristo e do Espírito Santo) atual e atuante, no falar constante, contemporâneo, válido e relevante das – e nas – Escritura Sagradas. 


 Obviamente – ou melhor – biblicamente, não há mais continuidade nos oficio dos apóstolos (no que se refere à formação do Canon), mas essa Igreja (Visível) é sim apostólica pelo menos em duas assertivas: na continuidade das práticas e doutrinas apostólicas das igrejas do Novo Testamento (Atos 2:42), e; na obediência ao chamado missionário do Senhor Jesus (Mc 16;16). E isso, invariavelmente acontecerá numa igreja local, não porque alguma dessas igrejas é a continuação de alguma das igrejas locais do tempo dos apóstolos ou porque em alguma delas há uma continuidade do oficio de Pedro[6]. Mas simplesmente porque foi assim que Deus quis! 


 Essa comunidade (grupo por afinidade, parentesco, ou causa denominacional), por ser parte da Igreja Invisível, sempre abençoará a sociedade em que está inserida, ela é voz profética para o mundo, sal e luz (Mt 5;13 a 14). Um instrumento de impacto e avivamento, que resgata vidas e fortalece o compromisso com Cristo e uns com os outros. É uma comunidade crescente, que caminha para a maturidade, onde cada crente é um adorador e juntos desenvolvem, pelo Espírito Santo falando nas Escrituras, o seu potencial, cumprindo o ministério dado por Cristo. 


 Assim podemos dizer que existem três níveis na Igreja: o intangível e espiritual (Igreja Invisível, católica atemporal, completa e perfeita); a Intangível atual (todos os verdadeiros cristãos enquanto vivem aqui – é também perfeita – chamada igreja visível) e a tangível visível (comunidades locais, organizadas ou não em denominação, federação, associação e etc.). São por erros no entendimento dessas variações (dimensões ou faces) que surgem heresias como o papado (romano ou sua variante ortodoxa), os bispados pós-pentecostais[7], as seitas sectaristas ou ainda denominações fundamentalistas[8] intransigentes que se julgam como única continuação da ‘Igreja original de Cristo’, afirmando sua que congregação local é a exata expressão (totalidade) da Igreja invisível.
Fonte: A Cruz on-line

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